sexta-feira, 6 de maio de 2011

Capítulo 17 - Face a face com a realidade

Entrar em uma sala de hospital público quase nunca é igual a uma sala de uma clínica particular. O cenário não era dos melhores, mas havíamos conseguido uma consulta para 15 dias após o primeiro telefonema, então estávamos em grande vantagem. Mas olhar para algumas crianças ali era simplesmente terrível. O irônico é que o único passeio descente que tínhamos quando éramos crianças era ir ao Hospital do Servidor Público. Era o único dia do ano que minha mãe era obrigada a gastar dinheiro que ela não tinha conosco na rua, porque ela levava 02 ou 03 filhos de cada vez para passar no médico, colher exames, etc. Isso levava o dia inteiro e, graças a Deus, minha mãe comprava alguma coisa para comermos nas barraquinhas em frente ao hospital. Às vezes era um lanche para dois, mas já diz o ditado “em terra de cego quem tem um olho é rei”! Mais vale meio lanche uma vez por ano do que nada. Então era um dia muito especial e esperado por mim e por meus irmãos.

Mas o cenário ali naquele hospital era diferente porque eram crianças com problemas psiquiátricos de todas as ordens. O Alexsander ficou assustado e eu confesso que fiquei com pena dele. Eu olhava para o olhar dele assustado em relação às outras crianças e pensava: “Será que ele vai agüentar o tranco? Será que ele será forte o suficiente para enfrentar o que virá? Meu Deus, nos dê sabedoria e muita fé para passar por esse momento.”

(...)
*Leia mais no livro "Meu filho ERA autista" - informações: meufilhoeraautista@yahoo.com.br

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