domingo, 4 de setembro de 2011

O início do tratamento. Ou a continuação?

Tudo foi ficando mais fácil quando meu marido viu que seria possível termos nosso filho de volta e em menos de um ano o Nicolas já estava falando novamente. Era muito pouco o que ele falava e na maioria das vezes eram pedaços de filmes e de desenhos que ele gostava de assistir. Mas em menos de um ano ele se transformou em um a criança diferente do que era. Era como se ele tivesse nascido novamente, pois tínhamos todos os cuidados que tínhamos com um neném sem tratá-lo exatamente como um neném. Também não tinha as fraldas, o que era um alívio, pois tornava nosso trabalho mais prático e rápido.

Nos concentrávamos especialmente na comunicação do Nicolas conosco e com seu desenvolvimento na sociedade. Nós o levávamos sempre ao carrossel, o que já facilitava muito seu convívio com muitas pessoas ao mesmo tempo, pois o shopping estava sempre cheio nos finais de semana. Eu fazia o possível para levá-lo ao shopping durante a semana e aos finais de semana íamos em família, o que também ajudava, pois ele se sentia mais protegido perto dos pais.

À medida que começamos a levá-lo a médicos, como fonoaudióloga, psicóloga, neurologista e psiquiatra, todos especializados em autismo, tínhamos também a rotina de sempre levá-lo a lanchonetes que ele gostava para comer um lanche e se divertir no playground. Como estas consultas eram durante a semana, estes lugares estavam sempre vazios e o Nicolas sentia-se à vontade para brincar nos brinquedos. Porém, se tivesse ao menos uma criança no brinquedo, ele não brincava de jeito nenhum! Mesmo assim nós o encorajávamos dizendo que ele não precisava ter medo. Ele passou a gostar de ir ao médico, porque toda vez que tínhamos consulta era uma diversão só!

(...)
*Leia mais no livro "Meu filho ERA autista" - informações: meufilhoeraautista@yahoo.com.br