quarta-feira, 20 de julho de 2016

Tempo, persistência, fé, mudança de perspectiva...









"Tempo, persistência, fé, mudança de perspectiva... É não desejar que ele seja o que você quer, mas desejar que ele seja feliz. Do jeitinho que ele é!" - Anita Brito











Uma vez, eu postei este vídeo no Facebook (o qual eu amo!) e disse que, às vezes, me sentia assim com o Nicolas Brito Sales e o autismo. Era como se eu estivesse sempre ali, respeitando seu espaço. Porém, dava aquele medo de algo levá-lo para longe mais uma vez, afinal eu já o havia "perdido" uma vez quando ele parou de falar...
Hoje, já não sinto mais isso. Espero não estar sendo presunçosa! Sinto uma proximidade cada vez maior com meu filho e uma conexão maravilhosa. Por mais que eu saiba que irei partir um dia, sinto que ele estará bem. 

São 17 anos de luta. Para algumas mães, que estão aí há mais tempo que eu, pode parecer pouco. Para outras que começaram agora, pode parecer muito. Mas tem sido o tempo exato de eu me sentir mais tranquila. O tempo de cada uma de nós irá depender de quanto tempo demoraremos a entender a situação e a mudar nossa perspectiva. Essa tranquilidade que alcancei hoje, é uma tranquilidade que eu tive medo de nunca alcançar. Chorei, me desesperei, voltei a sorrir, desacreditei por um minuto, mas persisti! Tem sido um período de fé, de mudança de perspectiva, de acreditar nas potencialidades do meu filho. E foi há 17 anos, quando o Nicolas nasceu (antes do autismo nascer em minha vida) que sabia que apoiaria meu filho em suas escolhas. Ele não escolheu  ser autista. Ele nasceu assim. Mas as escolhas que ele fizer, mesmo apesar do autismo, estarei ao lado dele. 

O autismo pode até nos tirar algumas coisas sim, mas nos traz outras. Eu posterguei muita coisa em minha vida, e desisti de algumas também, mas não dói... Nunca doeu. Eu tenho ciência do que mudou em meus planos, mas tenho amor a tudo que me aconteceu para trazer até aqui.

Não, ainda não acabou! Ainda tenho muito o que percorrer com ele, mas já vejo o horizonte. A luz no fim do túnel, não era o trem... Era a luz que eu teria que ter seguido para chegar até aqui. Obrigada, Nicolas. Por ter seguido comigo.
Obrigada Alexsander Sales e Guilherme (Carvalho) Taylor. Aos meus pais e irmãos, sobrinhos/as e cunhados/as, aos amigos e companheiros de luta (não vou citar nomes, mas vocês sabem quem são!).
Obrigada a todos que seguiram conosco.

https://www.youtube.com/watch?v=NrgcRvBJYBE

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