quinta-feira, 28 de abril de 2011

Capítulo 16 - O primeiro tiro no alvo

Eu dormia cerca de 03 a 04 horas por noite só para ficar pesquisando, lendo, analisando, bocejando... Quando eu conseguia dormir tinha vários sonhos estranhos e vários pesadelos. O Nicolas aparecia neles correndo para bem longe de mim e eu tentando alcançá-lo. Outras vezes eu estava em um banco de jardim conversando com alguém e ele tentava falar comigo, mas eu não ouvia. Ele gritava “mamãe” ao meu lado, mas eu nem olhava para a direção dele.

Na noite anterior, antes de irmos ao psiquiatra, foi a mesma rotina: li durante nem sei quanto tempo e tive pesadelos nos poucos momentos que dormi. Enquanto estávamos no carro, a caminho da psiquiatra, eu tentei manter meus olhos bem abertos, mas era tão longe que eu cochilei várias vezes no carro e, a cada cochilo de 10 segundos que eu dava, eu sonhava instantaneamente com algo horrível. Ao chegarmos no consultório acho que a médica pensou que eu fosse a paciente porque estava com cara de louca. Olheiras fundas, meio descabelada, andando com aquele aspecto cansado e com cara de poucos amigos. Quando ela nos atendeu, pensei comigo: “Estamos totalmente ferrados! Ela deve ter uns 17 anos no máximo!” Óbvio que entra aí toda uma hipérbole, mas a carinha de criança dela me remetia a falta de experiência. Desanimei.

(...)

*Leia mais no livro "Meu filho ERA autista" - informações: meufilhoeraautista@yahoo.com.br

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